Logo na saída do hotel, como de costume, só para provocar, eu cumprimento as pessoas que encontro pelo caminho. Passei por um casal e soltei, a queima roupa: Bom Dia!!!!!
Recebi um: Bom dia, amigo!!!!
Não acreditei, olhei rapidamente para a placa do carro deles ( é, já estou me tornando um pouquinho Piauiense ), e aí veio a explicação: São Paulo – SP....
Agora, a próxima missão impossível, tomar café da manhã em um Domingo no Piauí. Andamos a cidade inteira, nada, pedimos informação até em um posto de combustível, acabamos encontrando um restaurante em que o cara nem cobrou o café da gente, deve ser por dó de nossa cara ( eu tenho um lema: não fale comigo antes da primeira xícara de café), devia estar feia....
Vamos trabalhar, fomos para Acauã, refazer uma prospecção que já tínhamos feito, mas com coordenadas erradas...
Primeiro ponto de medição: passamos por uma estrada de roça que saía de um bairro da cidade, nos primeiros 100m havia uma arapuca, daquelas feitas de pauzinhos, tipo “ feita em casa” bem no meio da estrada....não tive dúvidas, passei em cima!!!
Fui, fiz as medições e, quando voltei 20 min depois, a arapuca não estava mais lá, acho que estraguei o brinquedinho de alguém...
Segundo ponto de medição: pegamos outra estrada de roça, agora um pouco maior, andamos uns 500m e pimba, uma moto parada bem no meio da estrada, sem ninguém por perto, buzinei várias vezes, ninguém apareceu, deu vontade de passar por cima, mas, lembrando que poderia aranhar a pintura da D 20 ( como se fosse possível arranhar mais...) desviei subindo em um barranco bem a tempo de ver o dono da moto chegando, com aquela cara típica de : O que foi??
Terceiro ponto de medição: a estrada seguia na direção que queríamos, apesar de um rio, que por sorte estava vazio e alguns buracos estava tudo bem, e quando faltavam 1,34km para o ponto necessário, ela fez uma curva de 90 graus para a esquerda....estacionamos a caminhonete e, logo apareceu um cara de bicicleta, então perguntei se a estrada seguia mais a frente na direção em que eu queria ir, o cara falou que a estrada voltava para a rodovia, ou, como eles falam por aqui, para a faixa, então, entramos no mato. Andamos bem por uns 800m por trilhas de bode, mas, logo a trilha começou a desviar também para a esquerda, tivemos que entrar no meio da caatinga, e novamente eu não levei o meu facão. Passamos por espinhos, pedras, cactus, e, o pior, umas árvores chamadas favela, cheia de espinhos venenosos, quando as folhas ou os galhos tocam nossa pele, parece que encostamos em urtiga, queima para valer, depois passa, mas volta a arder por mais um tempo. Ela não deixa a gente esquecer...

Por dentro de mais um rio...
Eu já havia me queimado com esta árvore a uns 3 dias, e já estava quase sarando aí, no mesmo lugar, outro galho bateu de novo, deu vontade de acabar com a árvore, cortar todinha, mas o facão....
Beleza, faltavam uns 250m para o ponto, então achamos uma cerca, e do outro lado, uma estrada...a mesma que o cara de bicicleta disse que ia para a “ faixa “.É, fazer o que...
Voltamos para a caminhonete e resolvemos cozinhar por ali mesmo, achamos o lugar tranqüilo, sem muitas pessoas, grande ilusão....
Todos, sem exceção, passavam e olhavam, quase caíam das bicicletas e motos, ficavam maravilhados, ou assustados, ou surpresos, sei lá, simplesmente viramos a atração do lugar...
Mas tiveram 02 pessoas com uma moto que exageraram, passaram por nós, e pararam a uns 50m, e ficaram olhando para traz por uns 5min, completamente compenetrados, foi tão engraçado ....
Quarto ponto de medição: Terminado o almoço, com público e tudo, fomos para mais um ponto, seguimos por aquela estrada que iria para a “ faixa “, e, não é que ela não foi diretamente para a rodovia?
Chegamos até uma fazenda, vimos uma pessoa no portão, que logo correu quando viu que eu estava indo para lá, desci da caminhonete e fui em direção ao portão, chamei uma, duas, na terceira vez a pessoa tomou coragem e veio, perguntei se a estrada seguia mais adiante, mas não seguia, acabava ali, e eu precisava seguir mais uns 2,10km...
O rapaz disse que havia uma estrada mais acima, mas que eu teria que voltar e fazer uma volta de uns 3km.. Voltei de ré por uns 400m, fiz a curva na frente de uma outra casa e comecei a voltar, logo adiante encontramos uma pequena estrada na direção que queríamos, tinha um rastro de carro, então tomei coragem e segui por ela, andamos bem, com as cercas dos dois lados passando a centímetros dos retrovisores.
Mas, como tudo que é bom..... a estrada vira á direita....precisamos ir para a esquerda...
Deixamos a caminhonete e começamos a andar, passamos por plantações de milho e feijão, mato baixo, mato alto, o de sempre...
Encontramos um senhor no pasto, e, finalmente, ele nos levou até o ponto onde queríamos chegar. Simples assim...
Depois de quase derrubar as cercas para fazer a volta na D 20 em uma área mais larga da estrada, fomos em direção a torre.
Nos informaram que a torre tinha 110m de altura, tinha somente 96m, que sorte!!
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